12 setembro 2007

POEMAS DE HOJE

OTIMISMO

Dá – me otimismo sempre devemos estar assim.
Ser otimista sempre faz-nos descobrir a essência da misericórdia que vem do céu.
O que sufoca, o que tormenta, o que traz nervosismo é prejudicial, afeta à saúde e o sistema nervoso enfraquece.
Sempre temos, nem que saiba, uma dose de poder e força para suster os nossos pés.

Os meus estão descalços.
Oprimido estou sem saber de mim.
Os melhores amigos me abandonaram, e a cruz pesada é enfadonha é cansativa.
Assim tem que ser,
E se estiver escrito espero que seja a lápis onde eu possa apagar o que estiver errado
Ou reascender o pouco que esta aceso em mim.
Entretanto a cada dia tenho que escrever uma nova história.

UM SONETO

Queria se pudesse
Ser uma formiguinha
E receber o doce mel
Que sai da tua boca

Entre os subterrâneos
Chega como melodia
Um solo melancólico
Que desperta desejo

Provocando confusão
Provocando sensações

Viver
Lutar
Amar


A ROSA

A rosa é molhada
Molhada orvalha
Exala o perfume
É sutil a rosa
O cheiro penetra
O corpo entontece
A beleza espanta
O formato espanta
Cada pétala
Uma surpresa
Cada curva
Uma destreza
Em sua cor
Certezas
E na certeza
A criação
Na criação
Amor
Como é bela
A rosa

ADVERBIOS

Lá fora onde quase
Nunca chego
Melhor antes pior cedo

Agora já logo perto
Melhor depressa
Depois além

Amanha realmente bem
Nunca devagar
Estar perfeitamente longe

Seria tarde onde quer chegar?

METÁFORA

O vento me sopra
Noturno luar que me banha
E chove gotas de estrelas
Luz sobre os pensamentos
Estradas caminhadas
Ah! Tortura
Onelea

O CACHORRO

O cachorro deita-se na estrada
Observa poeira, observa pessoas.
E sentado agradece
Agradece pelos gatos
Os gatos tornaram-se companheiros
Esta triste


GESTOS
Os gestos inspiram
Causam confusão
Na cabeça dos poetas


SENTENÇA

Esvazio-me
E no momento é bom
Apenas faço o que me convém
Dizem; “não pode ser assim!”
Agora pode!
Vamos fazer do mundo
A casa do poder
A casa do ser livre
A nossa morada!
Agora não somente só
Sozinhos somos errantes
Sozinhos não construímos
Apeguemo-nos a Deus
Nossa força motriz
Nada melhor que essa liberdade

INFÂNCIA

O menino se cala
Está ocupado
Seus pensamentos
Trampolinam

E a imaginação balança

O menino esta em seu quarto
Olha seus brinquedinhos
Quarto sem paredes
Brinquedos sem cor

E a imaginação o aflige

Ainda em seu quarto
Sonha e lágrimas caem
Seus pais não o chama
O silencio ecoa

E a imaginação balança
E a imaginação atormenta

De cabecinha baixa
Pega no sono
E sonha com o sol
Que não raiou o dia

E a imaginação reticências.