29 setembro 2007

NOVOS POEMAS

SOLOS DE CLARINETA
Sobre a cama um instrumento;
A velha clarineta desalmada desarmada
Que sempre me acompanha
Esta quieta agora
Só sem barulhar com os seus dós
Grave, médio agudo
Deitada é como moça virgem
Intocável.
Esperando para entoar
Gritos suaves, sussurros
Gemidos leves em baixo dos lençóis
Sob fogo abrasador de um som
Estridente.

RABISCOS

Noite chuvosa,
E o frio assassina-me
Ainda mais
Solidão;
Olho-me no espelho
Vejo ai imagem imunda
Escutando o burilar
Gota a gota d’agua
Da chuva que cai
Jorrando, alagando
Ruas abaixo descendo
De cima
Esgota-se gotas de sentimentos,
Sentimentos sem razão
Olho para o quadrilátero
Do quarto vazio
Pego um jornal
Que não me tráz
Novas noticias
Vejo ao escurecer
Um livro de poemas
Sobre a mesa…
…e lá fora a chuva continua.


SONETO DE PAIXÃO

Ouço um choro entoado pela voz inédita da vida
Que acabou de nascer lá fora
Neste momento sinto o corpo leve e sereno
Talves seja armadilha do meu próprio sentiomento

Que tão sublime é quanto perdão do teu amor
Mesmo assim continuo com o puro afeto
Guardado comigo
Sinto que a cada dia aesta ficando próximo…
Perdoe-me
Meu amor
Perdoe-me!


AMOR

É a grande armadilha do coração
É o futuro programado entre quatro paredes
O nascimento de um novo ser
Que desfarça a ausência do ser amado
É a imaginação o devaneio o sonho
É a musica
É a voz sussurrante que declama num poema
O dom de amar
É a carência a descrença de corpos sem atração
É dormir feliz e axordar redivivo
Saber que esta no mundo é a maior
Dádiva divina
É Deus e a terra que nos sustem
É Jesus Cristo que doou seu espírito pra nos
Salvar
É o significado do sentimento à procura do ser amigo
Amor é tudo
É a essência da vida

13 setembro 2007

Noticia divulgada no jornal a tarde sobre a suspençaõ da verba da merenda escolar no municipio de Irará

Municípios baianos perdem verba da merenda escolar
(Mariana Mendes, do A Tarde On Line) (11/09/07)

Oito municípios baianos não receberão a verba destinada a merenda escolar a partir deste mês de setembro. A medida foi adotada pelo Governo Federal, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), devido a falta de prestação de conta dos municípios ao Ministério da Educação, sobre a aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) de 2006.

Os municípios baianos com as prefeituras inadimplentes são os de Anguera, Formosa do Rio Preto, Irará, Lajedão, Lamarão, Nova Redenção, São Francisco do Conde e São Gonçalo dos Campos. No Brasil, são 166 municípios que se encontram inadimplentes desde junho.
A suspensão do recurso ocorre depois de três meses sem prestação de contas, o que coloca em risco outros 395 municípios, que também estão com as prestações atrasadas. De acordo com a assessoria de comunicação do FNDE, a verba volta a ser repassada assim que o município regularizar a situação. O repasse de recursos, a prestação de contas e a suspensão da verba estão definidos na Resolução nº 32, de 10 de agosto de 2006, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).
Além da prestação de contas, 12 municípios da Bahia também estão com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) vencido, o que dificulta ainda mais a situação quanto ao repasse da verba. Na Bahia, o município de São Francisco do Conde é considerado em situação mais complicada, pois está sendo cobrado tanto pela prestação de contas do Programa, quanto pelo vencimento do CAE.
Os outros municípios com o CAE vencido são: Tartarugalzinho, Candeias, Canudos, Conceição do Almeida, Eunápolis, Lajedão, Macarani, Pindai, Santo Amaro, São Felipe, Sítio do Quinto e Várzea da Roca.

das verbas do Pnae de cada município. É o CAE que se responsabiliza pela verificação, acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos da alimentação escolar, desde a compra à distribuição nas escolas. O Conselho é composto por sete representantes: um do poder executivo municipal, um da Câmara de Vereadores, dois representantes de professores, dois pais de alunos e um membro da sociedade civil. O mandato dos conselheiros é de dois anos.
Uma vez por ano, até o dia 31 de dezembro, as prefeituras devem prestar contas ao CAE que, por sua vez, vai analisar e avaliar a prestação de contas do município, emitindo um parecer, que deve ser enviado ao FNDE até 28 de fevereiro do ano seguinte. Com o CAE vencido, e sem a prestação de contas municipal, a prefeitura tem os recursos da merenda escolar suspensos.
Segundo Adriana Santana da Cruz, secretária de Educação de Irará, a pendência do município refere-se a não prestação de contas pela administração anterior, do Pnae de 2004. "Nós avaliamos a situação e iremos tomar as medidas cabíveis para resolver o problema".

12 setembro 2007

POEMAS DE HOJE

OTIMISMO

Dá – me otimismo sempre devemos estar assim.
Ser otimista sempre faz-nos descobrir a essência da misericórdia que vem do céu.
O que sufoca, o que tormenta, o que traz nervosismo é prejudicial, afeta à saúde e o sistema nervoso enfraquece.
Sempre temos, nem que saiba, uma dose de poder e força para suster os nossos pés.

Os meus estão descalços.
Oprimido estou sem saber de mim.
Os melhores amigos me abandonaram, e a cruz pesada é enfadonha é cansativa.
Assim tem que ser,
E se estiver escrito espero que seja a lápis onde eu possa apagar o que estiver errado
Ou reascender o pouco que esta aceso em mim.
Entretanto a cada dia tenho que escrever uma nova história.

UM SONETO

Queria se pudesse
Ser uma formiguinha
E receber o doce mel
Que sai da tua boca

Entre os subterrâneos
Chega como melodia
Um solo melancólico
Que desperta desejo

Provocando confusão
Provocando sensações

Viver
Lutar
Amar


A ROSA

A rosa é molhada
Molhada orvalha
Exala o perfume
É sutil a rosa
O cheiro penetra
O corpo entontece
A beleza espanta
O formato espanta
Cada pétala
Uma surpresa
Cada curva
Uma destreza
Em sua cor
Certezas
E na certeza
A criação
Na criação
Amor
Como é bela
A rosa

ADVERBIOS

Lá fora onde quase
Nunca chego
Melhor antes pior cedo

Agora já logo perto
Melhor depressa
Depois além

Amanha realmente bem
Nunca devagar
Estar perfeitamente longe

Seria tarde onde quer chegar?

METÁFORA

O vento me sopra
Noturno luar que me banha
E chove gotas de estrelas
Luz sobre os pensamentos
Estradas caminhadas
Ah! Tortura
Onelea

O CACHORRO

O cachorro deita-se na estrada
Observa poeira, observa pessoas.
E sentado agradece
Agradece pelos gatos
Os gatos tornaram-se companheiros
Esta triste


GESTOS
Os gestos inspiram
Causam confusão
Na cabeça dos poetas


SENTENÇA

Esvazio-me
E no momento é bom
Apenas faço o que me convém
Dizem; “não pode ser assim!”
Agora pode!
Vamos fazer do mundo
A casa do poder
A casa do ser livre
A nossa morada!
Agora não somente só
Sozinhos somos errantes
Sozinhos não construímos
Apeguemo-nos a Deus
Nossa força motriz
Nada melhor que essa liberdade

INFÂNCIA

O menino se cala
Está ocupado
Seus pensamentos
Trampolinam

E a imaginação balança

O menino esta em seu quarto
Olha seus brinquedinhos
Quarto sem paredes
Brinquedos sem cor

E a imaginação o aflige

Ainda em seu quarto
Sonha e lágrimas caem
Seus pais não o chama
O silencio ecoa

E a imaginação balança
E a imaginação atormenta

De cabecinha baixa
Pega no sono
E sonha com o sol
Que não raiou o dia

E a imaginação reticências.

11 setembro 2007

Artigo do dia

MENINGITE, POLITICA E POLITICA DA MENINGITE


MENINGITE

É uma inflamação das membranas que recobrem e protegem o sistema nervoso central - as meninges. A meningite pode ser de origem viral, adquirida depois de alguma gripe ou outra doença causada por vírus, ou de origem bacteriana, normalmente mais branda.
Existem várias bactérias que podem ocasionar a meningite. Uma forma contagiosa da doença é a causada pelo meningococo que transmite a doença pelo ar. Outra forma de contágio é o contato com a saliva de um doente.
A bactéria entra no organismo pelo nariz e aloja-se no interior da garganta. Em seguida vai para a corrente sanguínea
Pode ocorrer dois caminhos: cérebro ou difusão pelo corpo (bacteremia), causando uma infecção generalizada conhecida como septicemia.

POLITICA

Segundo os maiores pensadores da historia da Grécia era a ate que visava a participação popular, porém o surgimento da pólis era o elemento norteador para que a política fosse criando suas bases no mundo grego e assim, nas cidades, nascem a preocupação em administrar bem a polis. Entretanto, desde seu surgimento até os dias atuais, muitos direcionamentos levaram a política para um outro sentido, onde em tudo esta explicita certa relação de troca, não estabelecendo meios, mas justificando os fins.
Política em Roma ganha um outro sentido e por ser o berço da democracia poderia se mostrar mais eficaz, mas contraditoriamente os cidadãos eram regidos pelo imperialismo dos Czres na velha -mas conhecida- politica do pão e do circo. Assim podemos compreender que POLITICA já surge obedecendo aos interesses de poucas cabeças e lá a política do pão e do circo fazia o maior sucesso.

POLITICA DA MENINGITE

De geração em geração surgem políticos novos com novos com idéias que pra muitos parecem super inovadoras e muitos se deixam contagiar, não pelo que o político pode ser, mas pelo que ele mostra ser. Acaba vamos assim dizer se tornado “fenômenos”efêmeros, acabam fazendo sucesso com a população e não obtém êxito na administração das cidades onde foram incumbidos. Políticos dessa sorte tornam-se vírus, pois infectam. Como vírus, não possuem células, embora dependam delas para sua multiplicação. E dessa sorte tornam-se venenosos, uns tornam-se parasitas e o controle absoluto do poder os fazem se hospedar em qualquer organismo publico e tomar tanto carinho pela coisa que a trata como se fosse um bem, uma propriedade causando uma doença que se prolifera em muito pouco tempo. E assim tornam-se MININGITE. As meningites do tipo viral, não possuem nem tratamento específico, nem cusam grandes danos à saúde. O indivíduo sente febre, vômitos e outros sintomas da doença, mas é o próprio organismo quem vai se encarregar de eliminar o agente "mal-vindo".
Contudo, a politica da meningite não é mas pode tornar-se duradoura, porém ela passa. Podem surgir espirros causando pânico e medo, nada que um bom remedio não possa curar. Mas deve ser um remedio sem conra indicação e o mais usado nestas ocasiões é o voto.

10 setembro 2007

Poemas do dia

PROSA DO INSTANTE

O coração esta palpitando. Sentir tudo deve ser das palpitações. Essas são inquietantes, que num dado momento a cabeça esvairia e pesa como se fosse o objeto mais pesado do mundo. E então silêncio. Fecho os olhos e nada vejo e por poucos instantes, quase que nada, me percebo cego – não por vontade – apenas porque meus braços e pernas foram cortados. O vento chega e envolve-me de soslaio. Passo os dias como se passa manteiga no pão e come. Passo dias aflitos na perspectiva da perspectiva da perspectiva.
Respiro bem fundo e o vento pára alguns instantes e fico à imaginar; como estrelas dependurada nas nuvens à sombra noturna iluminam tanto? E o som chega, e a música passa. Pensar é como assim; você para no tempo e caminha a um pequeno espaço que esta sem dono, e o dono do dono chama-se tempo e o tempo do tempo sempre será. E a inquietação se mostra vencendo e a inquietação não se dá por vencida. Então à cabeça dói e o corpo pede cama que pede outro corpo só pra transgredir a lei da física! E isso me atiça por um longo instante...
…Solidão.


ROSALINDA

Rosalinda com os olhos de menina
E lábios de mel
Rosalinda rosto que me fascina
E o coração de fel.


VELHOS TEMPOS

Que saudade eu sinto
Naquele tempo
Vivia-se muito,
Muito feliz


Pelas coisas boas da vida
Procuro recorda-lo sempre;
De quando em quando
Eu passava pelos jardins imersos de flores

Quando as recordações ecoam
Sinto um vazio maior
Por não ter forças
Para fazer voltar os velhos tempos


ROSAS

Pessoas são como rosas
De sentimentos finos
Como uma pétala
De alma ingênua como uma flor
De alma ações belas
Como o balançar a valsa das rosas
De espírito confuso
Como o desabrochar de amores confusos

Pessoas são como rosas a espera do molhar
Da dependência sedenta
Que chega na frieza do dia
E esvazea-se na quentura da noite
Pessoas são como rosas
Porque pensam num mundo melhor
Porque não guardam rancores
E auxiliam na petição

Pessoas são como rosas
Porque como orvalho
Caem gota à gota
As lagrimas do medo

Pessoas são como rosas
Porque em cada abraço
Espinhos perfuram suas
Entranhas

Pessoas são como rosas
Que mesmo com espinhos
Podemos admira-las...

06 setembro 2007

POEMA

Poema tão somente não é organizarmos palavras fervorosas em seu grau de rima e combinação. O poema é algo mais que a simples combinação de versos descabidos ou nostálgicos. Poema é uma arte. E como tal, nos remete aos encantos mais íntimos ora adormecidos e desencantados, ora sofrido e solitário.
O poema em si transforma o simples fato num instante. Nos faz ser verdadeiros. Faz com que dentro de cada um expire arte.
Dizia Vinicius de Morais:
_”a vida do poeta tem um ritmo diferente(…)
Ele é o errante dos caminhos
Que vai pisando a terra e olhando o céu(…)

E pontuava a poetisa Cecília Meirelles:
(…)”não sou alegre nem sou triste
Sou poeta “(…)

Enfim o poeta tem o dom de fazer-nos imaginar o feio e o belo, poema é subliminar e simbólico é linguagem é o caminho livre, espontâneo para a poesia que dá significado aos seres mais insignificantes. Até mesmo as pedras.

05 setembro 2007

SAGA: UM NOVO COMEÇO

SAGA

Mas uma vez recomeço.
Como é árduo o recomeçar
Refazer, reinventar, criar, diagramar.
E tudo nos mínimos detalhes.

Porém no instante em cada re/nascimento
Novas perspectivas e novos encontros
Os meus com a vida os amigos
E os comentários que cada um
Pode dar para o meu aperfeiçoamento

E o aperfeiçoamento do meu ser
Que me move e inunda
Em cada caminho que vou seguir.